Friday, November 17, 2006
o gatilho mais rápido do oeste
não morava no oeste
morava no bairro da cruz do pilarzinho
entre seixos desleixos caprichos relaxos
transmutando a luz da lampada
como ele mesmo disse
“um centauro
metade decadente alexandrino bizantino
metade bandeirante pioneiro marcopolo simbad...”
pedra porosa
artilharia ligeira
fecundo como os insetos
o mais que poeta
cercando a montanha
deixando redondo
livre atirador
palavras
voam
cantam
uma brasa através
leminski
não morava no oeste
morava no bairro da cruz do pilarzinho
entre seixos desleixos caprichos relaxos
transmutando a luz da lampada
como ele mesmo disse
“um centauro
metade decadente alexandrino bizantino
metade bandeirante pioneiro marcopolo simbad...”
pedra porosa
artilharia ligeira
fecundo como os insetos
o mais que poeta
cercando a montanha
deixando redondo
livre atirador
palavras
voam
cantam
uma brasa através
leminski
Wednesday, November 15, 2006
ilha do cardoso
ventos levam atobás brancos
num looping
voltam ao continente
entre galhos, conchas, garrafas, arames
e crânios de golfinhos
farfalham névoas na luz
movendo asas brancas
nas sobras azuis
enquanto isso
serenas
saem de trás das ilhas
nuvens
uma onda detona na areia
plânctons iluminam a praia
água viva gigante
carregando caravelas orgânicas
do nada
para o nada
no mais violeta
o sol entrou em leves amarelos
no estreito horizonte vermelho
ventos levam atobás brancos
num looping
voltam ao continente
entre galhos, conchas, garrafas, arames
e crânios de golfinhos
farfalham névoas na luz
movendo asas brancas
nas sobras azuis
enquanto isso
serenas
saem de trás das ilhas
nuvens
uma onda detona na areia
plânctons iluminam a praia
água viva gigante
carregando caravelas orgânicas
do nada
para o nada
no mais violeta
o sol entrou em leves amarelos
no estreito horizonte vermelho
Friday, November 10, 2006
Thursday, November 09, 2006
noroeste
folhas secas farfalham no chão
enquanto as garças comem carrapatos
as falas do japurá
nas calhas do lambrequim
distraem o colibri
atento à flor suspensa
que exala sua cor
a curruira busca restos de outono
galhos
finas folhas secas
macias painas __ para fazer um ninho dentro do oco de um crânio
que um dia foi os olhos de uma vaca
atenta
às finas canelas de um sabiá
que procura ávido
por borboletas distraídas flutuando no outono
o bem- te- vi
está em toda a parte de um todo
casa
dos que não mais existem
enquanto isso
eu e minha bananeira
lá no fundo do quintal
esperamos todos os anos:
eu pela florada da paineira
ela pela chuva de verão
que passa
escassa
folhas secas farfalham no chão
enquanto as garças comem carrapatos
as falas do japurá
nas calhas do lambrequim
distraem o colibri
atento à flor suspensa
que exala sua cor
a curruira busca restos de outono
galhos
finas folhas secas
macias painas __ para fazer um ninho dentro do oco de um crânio
que um dia foi os olhos de uma vaca
atenta
às finas canelas de um sabiá
que procura ávido
por borboletas distraídas flutuando no outono
o bem- te- vi
está em toda a parte de um todo
casa
dos que não mais existem
enquanto isso
eu e minha bananeira
lá no fundo do quintal
esperamos todos os anos:
eu pela florada da paineira
ela pela chuva de verão
que passa
escassa
Wednesday, November 08, 2006
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