Saturday, August 02, 2014

aguada

  “A água e os sonhos”

A poética  das imagens, aqui ,se nutre da água, ativa e dinâmica.  

A água, agrupando as imagens, dissolvendo as substâncias, o  suave movimento das imagens,  libera o devaneio preso aos objetos . A água acolhe, tem corpo e voz, é uma realidade poética completa, é unidade.
As imagens são ativas e dinâmicas,  atuam no instante inesperado, devaneio material das substâncias orgânicas, em seu espelho, por seus reflexos ,duplica o mundo e as coisas, a liberdade visual o núcleo onírico destacado do realismo estático, a contemplação profunda pode ser vivida e sentida com acuidade.
imagens que ultrapassam a realidade , abrir  os olhos, ter visões no instante inesperado. A água  se torna um suporte de imagens que se materializam, lente e espelho e atingem as profundezas e se torna imaginação material, imagens carregadas de uma matéria onírica e densa.
 toda imagem provém da matéria, assim uma gota d’agua, apenas uma gota d’agua vivida em profundidade pode criar um mundo, o do sonhador, e em seguida diluí-lo, mas com o mesmo poder de leva-lo a estados de espírito outros onde fica possível se reorganizar enquanto indivíduo, é um embrião de possibilidades de outros olhares sobre um mesmo tema, um outro angulo, um outro fonema ,um outro esquema ,um outro jeito de ver o outro, um deslocamento de sí, a água permite o sonhar.



        O indivíduo não é a soma de suas impressões gerais, e´a soma de suas impressões singulares , so é necessário estar presente  na imagem no minuto da imagem, no gelo do instante, no clic, adesão total a uma imagem isolada no próprio extase da novidade da imagem, sem passado ou futuro . Como diz René Huyghe “a vida interior alimenta-se da visualidade”,
    Estão aqui reunidas algumas imagens poéticas do espaço feliz, onde se juntam exterior e intimidade, onde tais fragmentos nos revelam um espaço poético que caminha e revela os sentidos.
todos nós quando sentamos às margens de um igapó vivenciamos um devaneio profundo, sentido na carne, nos órgãos.
    A água bebe e engole as sombras, assim como os reflexos; a água tem memória, quando evapora carrega essa memória que, vem desde sua nascente até seu deságue, a água também morre, aqui se encontra no máximo de sua densidade, na sua estrutura interna,  e no seu infortúnio, mesmo essa água dormente tem vida , é matéria fundamental para uma subjetividade que se encontra presente no instante do agora, um olhar atento a essa substância líquida, lúdica e rica encontra na lâmina e fundo das águas, camadas de profundidade, mundos, visõe aqui expostos nos clics. Boa viajem

          
































































































































































































































































Elisabete ghisleni